segunda-feira, 16 de março de 2009

Aprendendo o número 2

Durante esta semana eles aprenderam o número 2, já o conheciam e também já tinha trabalhado com ele no 1° período, porém, muitos se esqueceram deste amigo nas férias e por isso tiveram muitas dúvidas na movimentação deste algarismo.
A primeira atividade feita foi muito interessante porque ela despertou o interesse dos alunos, como não me deixa mentir as palavras de BRUNHEIRA & FONSECA (1996) “As melhores sugestões são as que questionam os alunos e não as que lhes respondam directamente às questões” (p.197).
Era assim: eles iam até o tapete e escolhiam uma figura (tinha várias espalhadas por todos o tapete) que tinha 2 objetos ou coisas (2 casas, 2 bonecas, 2 pessoas..) elas escolhiam a de sua preferência e diziam o que era e quantos tinham, logo depois iam sentar, depois que todos fizeram, foi a vez de fazer a movimentação do 2, eles o fizeram corretamente, e em seguida foi a vez de eles o escreverem, porém, foi a hora em que mais eles tiveram dificuldades. Muitos o fizeram espelhado e de cabeça para baixo, e então eu a professora da turma os ajudamos, apagamos, explicamos, fizemos junto com eles, mas mesmo assim tiveram crianças que não conseguiram, detectamos então, uma grande dificuldade de movimentação deles com relação a este número.
Então, no outro dia a professora da turma antes de iniciar a atividade, visando toda a dificuldade encontrada por eles na construção do número 2, ela o fez bem grande com papel e colocou no tapete e chamou todas as crianças para que passassem por cima de tal número (uma por uma) para facilitar a aprendizagem da movimentação do mesmo. Após este exercício que além de trabalhar com a psicomotricidade da criança, foi importante para a construção correta da movimentação do número 2 (que foi o principal objetivo desta tarefa) a professora iniciou a atividade que era a movimentação de tal número com papel crepom picado, representação com papel picado do mesmo e por fim eles o fizeram, agora com um pouco mais de facilidade, acredito que aos poucos, quanto mais formos trabalhando com eles, mais facilidade eles terão com a movimentação deste número, é um pouco complexa para as crianças aprenderem, elas confundiam muito com a letra B, o que é muito comum acontecer quando as crianças estão aprendendo este algarismo. Este tipo de movimentação trabalha com a psicomotricidade fina da criança o que é muito importante nesta faixa etária.
“A Psicomotricidade é vista como ação educativa integrada e fundamentada na comunicação, na linguagem e nos movimentos naturais conscientes e espontâneos da criança. Tem como finalidade normalizar e aperfeiçoar a conduta global do ser humano. Utiliza as ações psicomotoras como meio de comunicação através da exploração do movimento consciente, intencional e sensível em sua evolução e formação, sendo considerada como ponto total de apoio das experiências sensóriomotoras, emocionais, afetivas, cognitivas, espirituais e sociais, como um todo. Estimula a criatividade e as inúmeras formas de movimento por meio de suas praxias. Procura ajudar a pessoa na melhor tomada de consciência de seu corpo integrada às emoções, a fim de reencontrar o caminho da comunicação consigo mesma e com os outros.”
“A Educação Psicomotora corresponde às exigências da época, sobretudo no que tange ao bem estar do ser humano, sob o enfoque de sua totalidade. Sua prática registra-se, historicamente, no processo de desenvolvimento da criança em suas condutas adaptadas por ações inter-relacionadas ao ambiente emocional e aos processos de comunicação. Observa o ser humano, visto em sua globalidade em estreita inter-relação com o ambiente envolvente. Implica, ainda, estímulo e desenvolvimento dos 12 sentidos de Rudolf Steiner - eixo das manifestações corporais e vivência do ser humano - por meio da relação interpessoal de trocas no jogo dialógico.”
Portanto, chega-se a conclusão de que é muito importante se trabalhar os números na educação infantil, pois, se sabe que “... a numeração escrita existe não só dentro da escola, mas também fora dela, as crianças têm oportunidade de elaborar conhecimentos acerca deste sistema de representação muito antes de ingressar na primeira série.” (LERNER,SADOVSKY E WOLMAN, 1996, p.74). E por isso é necessário que eles já os conheça para facilitar uma aprendizagem que terão futuramente e também para facilitar a sua leitura de mundo.

Bibliografia e Webgrafia:
~> PONTE, J. P, OLIVEIRA, Hélia, SANTOS, Leonor, BRUNHEIRA, Lina Os Professores e as Actividades de Investigação In GOLDENBERG Paul Quatro funções da Investigação na aula de Matemática EUA 1999.
~> http://www.geocities.com/grdclube/Revista/Psicoess.html
~> LERNER, Delia, SADOVSKY, Patrícia, WOLMAN, Susana. O sistema de numeração: um problema didático, In: PARRA, Cecília, SAIZ, Irmã, Didática da Matemática, Porto Alegre ed Artes Médicas, 1996.

sexta-feira, 13 de março de 2009

8 de Março, dia Internacional da Mulher!



Ser mulher
Ser mulher, vir à luz trazendo a alma talhada para os gozos da vida, a liberdade e o amor, tentar da glória a etérea e altívola escalada, na eterna aspiração de um sonho superior... Ser mulher, desejar outra alma pura e alada para poder, com ela, o infinito transpor, sentir a vida triste, insípida, isolada, buscar um companheiro e encontrar um Senhor... Ser mulher, calcular todo o infinito curto para a larga expansão do desejado surto, no ascenso espiritual aos perfeitos ideais... Ser mulher, e oh! atroz, tantálica tristeza! ficar na vida qual uma águia inerte, presa nos pesados grilhões dos preceitos sociais!


Gilka Machado

Parabéns a todas a mulheres que ao mesmo tempo que são batalhadoras, são meigas e sensíveis!

Retornando às atividades.. A primeira semana de aula

O retorno das atividades escolares é sempre turbulento, principalmente quando se trata de Educação Infantil, e neste retorno após o recesso de Carnaval as crianças entraram super bem, mas estavam agitadas, devido a toda a agitação advinda do Carnaval, por isso tia Paula já havia separado massinha para todos eles, cada um já tinha a sua em cima de sua mesa.
Logo após terem chegado todas as crianças, tia Paula sentou com eles no tapete para fazer a acolhida, conversaram sobre como foi o Carnaval, se eles gostaram, que fantasia(s) usaram e também hoje houve acolhida pelo som, onde eles rezaram e cantaram agradecendo a “papai do céu”.
Ao terminarem este momento de acolhida, foi a hora de retornar aos estudos..
Durante esta primeira semana de aula tia Paula trabalhou muito com eles, o nome e a primeira letra dos nomes e os numerais. As atividades foram:
NOME ~> a professora os pediu para pintar as letras que formam seus nomes.
~> fazer a letra inicial do nome com papel crepom, atividade que além de trabalhar com as letras e especificamente com a do nome, ela também trabalha com a psicomotricidade fina das crianças, quando elas fazem as bolinhas com o crepom para fazer a movimentação da letra. “A função motora, o desenvolvimento intelectual e o desenvolvimento afetivo estão intimamente ligados na criança: a psicomotricidade quer justamente destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica.”
NÚMERO ~> Foi feita uma atividade onde se trabalhou com a movimentação da letra com perfex, a representação desde número, a representação foi feita com bola de soprar, e para finalizar eles fizeram a número. Muitas crianças tiveram dificuldades em fazê-lo, elas o faziam espelhado, então eu sentei com eles e lhes fui ensinando, disse-lhes para que passarem o dedinho por cima do número para aprenderem a movimentação, e foi nesta hora que percebi onde estava o erro, eles estavam fazendo a movimentação errada e por isso faziam o número errado pois se começarmos a fazer o número 1 de baixo para cima podemos perceber que nossa mão nos leva para o lado esquerdo, o que faz com que o número fique espelhado. Então, trabalhei a partir daí com aqueles que estavam fazendo errado, eles tiveram um pouco de dificuldade, mas depois de muitas tentativas e de muita movimentação eles conseguiram fazer corretamente o número 1.
Eu achei muito interessante como a professora explicou a movimentação desde número, ela lhes ensinou uma musiquinha: “na serra desse serrote quem não sabe desenhar, o meu lápis é esperto sobe e desce sem parar” e enquanto a contou fez a movimentação, o que facilitou para muitas crianças, algumas eu até achei bem interessante que algumas crianças enquanto faziam o número cantaram a musiquinha!
Bem.. Durante esta semana foi tudo bem agitado, mais nenhuma criança chorou para ficar na sala, nem nada parecido, eu acredito que eles estejam gostando muito de sua nova professora, e para eles ter a mesma estagiária do ano anterior com eles, os proporciona mais segurança. Eu fiquei bem surpresa, pois os novatos não choraram e se socializaram muito bem e em pouco tempo. Alguns novatos estão com dificuldades em fazer seus nomes, tem um que tem nome composto e fica muito difícil para eles que nunca tiveram contato com as letras antes. Mas aos poucos eles vão melhorando, no término da semana eles já conheciam as letras, claro que tem aquelas que eles ainda tem um pouco de dificuldade, mas não é como antes e tem alguns que já fazem o nome sem ajuda, somente, olhando o nome que fica em suas mesas.

Nesta semana teve banho de piscina, mas no dia não era o meu dia de estágio, mas tia Paula me pediu para ir para ajudá-la, fui.. Foi muito legal! As crianças são demais.. Queriam que eu brincasse com elas, e para isso elas me puxavam para perto delas, faziam cócegas para ver se conseguiam, até que me surpreenderam quando formaram uma fila de umas 5 crianças para me puxar.. Eu achei aquilo fantástico! Pois demonstra a capacidade que eles tem de racionar: “se eu sozinho não consegui, vou pedir ajuda a meu colega”. São durante estes, momentos de lazer e descontração que temos a oportunidade de nos aproximarmos cada vez mais, não só eu com as crianças, mas também eu com a professora.
Durante esta semana foi somente à adaptação deles, onde nós já fizemos várias descobertas, onde eles a cada dia que passa me cativam mais e mais, com seus abraços surpresas, com seus beijos apertados, com eles dizendo com a minha chegada: “tia eu ainda nem te abracei..” e se jogando no meu colo, com suas descobertas, com suas frases engraçadas, com cada segundo, com cada ação, que por eles pode ser imperceptível, para nós Educadoras é incrível, maravilhoso, engraçado, cativante, é uma mistura de coisas boas que eles nos passam com sua beleza, inteligência e inocência, que nos fortalece naqueles momentos que estamos mais cansadas, ou desmotivadas [devido ao intenso calor que tem feito] e nos fazem lembrar que é por eles que estamos ali, é porque queremos e acreditamos na força e importância da educação.


Referencial eletrônico: http://www.lucianaalves.hpg.ig.com.br/psicomotricidade.htm

terça-feira, 3 de março de 2009

Quem eu era quem eu sou e o que eu serei???


Bem.. Tenho 16 anos, sou estudante e estou no 3º ano do curso Normal Médio do CENSA. Ao escolher este curso sinceramente não imaginava coisa alguma sobre ele, fiz a minha inscrição porque minha mãe disse que queria que eu fizesse e aceitei pois a minha prima também o fazia. Logo que começaram os estágios e as aulas de Psicologia, Filosofia e Didática, por exemplo, que é onde aprendemos o por quê de todas as reações das crianças e a como proceder, eu me apaixonei pelo exercício do magistério.
Eu comecei os meus estágios com a, antiga, 3ª série do Ensino Fundamental - 1º Segmento e também estagiava com a coordenadora do Ensino Fundamental, uma vez por semana, para mim foi uma excelente experiência neste início ficar com estas pessoas, pois eu sabia literalmente o básico, fiquei com uma excelente professora, que me preparou para tudo que estava por vir, com ela aprendi diversas lições significativas de como se portar em sala de aula, e também diante de algumas dificuldades e ainda com situações que por mais que fossem cotidianas necessitam ser trabalhadas com muita responsabilidade, ética e descrição e a reagir diante das mudanças repentinas sendo flexível.
Logo depois passei a estagiar na, antiga, 4ª série, essas crianças estão em uma faixa etária bastante conturbada e é necessário que as pessoas que vão lidar com elas seja firme, não autoritária, ela só necessita impor respeito ao mesmo tempo em que é dócil, pois assim conquistará as crianças fácil e verdadeiramente. Esta turma era a mais agitada de todas, então era mais que necessário que eu obtivesse rapidamente o domínio da turma, pois senão eu teria uma ação desastrosa na sala de aula, e foi ali naquela sala que eu aprendi a fazer com que as crianças me respeitassem e elas também exigiam de mim muita pesquisa, para que eu conseguisse despertar a atenção deles no momento em que ficássemos sozinhos na sala de aula, pois se eles se dispersassem seria uma bagunça geral.
Após todo este período de aprendizagens e descobertas foi à hora de novamente trocar a turma de estágio, e desta vez a minha turma de estágio foi no Maternal e eu não tinha experiência alguma na Educação Infantil, e então pensei que a minha ação seria desastrosa e procurei a minha Coordenadora de estágios que me disse para adaptar tudo aquilo que eu havia aprendido anteriormente para aquela faixa etária que iria trabalhar agora, e que no início era para eu observar como a professora e as outras estagiárias agiam e que logo eu estaria tão segura quanto elas para realizar aquele trabalho. Nesta turma as crianças são maravilhosas, a professora também era excelente, me dizia como agir diante de algumas situações, o que fazer se tais coisas acontecessem, me deixava livre para trabalhar com as crianças na sala de aula, e também aprendi bastante com a minha colega de estágio que era bem mais experiente e já iria terminar o curso. E foi a partir daí que eu comecei a amar cada dia mais o exercício do magistério, pois não somos somente estagiárias como muitos pensam de nós. Somos Educadoras, exemplos e os ídolos das crianças!
Toda esta aprendizagem ocorreu no meu primeiro ano no curso,mais foi somente no segundo que eu assimilei todas as idéias acomodei-as e as coloquei em prática. Durante quase todo o meu segundo ano no curso eu estagiei em uma só turma que era de 1° Período, a mesma turma que havia estagiado no Maternal, durante este ano aprendi diversas coisas maravilhosas sobre o exercício do magistério com a professora da turma, que foi como uma mãe da aprendizagem magistral para mim, com ela aprendi a ver tudo diferente do que via anteriormente, ou seja, aprendi a agir , a ensinar, a contar histórias, e principalmente a ter uma postura de EDUCADORA! Porém, como disse anteriormente, a uns dois meses para o término do ano letivo, eu troquei de turma fui para uma turma de 2° período, mas esta turma era a mais agitada da Escola Infantil, então eu pensei que não conseguiria agir com eles, pois não conhecia as crianças e a minha antiga turma era bem mais calma, mas fui pois se a Coordenadora tinha me mandado para lá era porque eu tinha condições de "assumir" a turma e ela também conversou comigo e me direcionou pontos importantes e eficientes de ação e lá foi o lugar para que eu pudesse colocar em prática todas as lições que eu havia tido durante o ano e foram maravilhosas, as crianças eram agitadas sim, mais eram super dóceis e atenciosas e então foi fácil trabalhar com elas, elas só necessitavam de atenção e com a ajuda da minha companheira de estágios e também da professora. Dispomos de diversos artifícios para prender a atenção deles e obtivemos o sucesso e a professora também me ensinou e auxiliou bastante.
Ao final do meu segundo ano do curso reuni todas as minhas aprendizagens com estas diversas professoras, com os meus diversos professores do Ensino Médio, com as irmãs que estão sempre em contato conosco, com as coordenadoras, com as crianças e também com meus familiares e formei a minha personalidade, pode-se dizer o meu EU. Chegando à conclusão de que quando iniciei o curso eu era uma pedra bruta, que aos poucos com as situações cotidianas e com as aprendizagens diárias nos estágios foi sendo lapidadas e se transformou em uma bela pedra, que ainda precisa ser lapidada, mas não tanto quanto antes! E acredito que esta pedra ficará a cada dia melhor, e daqui a alguns anos será um brilhante; e eu conseqüentemente uma Educadora já lapidada!
Neste início de terceiro ano, que é a reta final, eu almejo dar as minhas aulas utilizando todos os recursos e aprendizados adquiridos durante estes dois anos, concluir a minha monografia cujo tema é "A falta de disciplina e de limites encontradas nas crianças de hoje e as suas conseqüências para a vida em sociedade", para que ao chegar ao término do curso eu esteja apta a seguir a minha carreira como Educadora, cursar a faculdade de Pedagogia e ter um futuro brilhante, fazendo aquilo que eu amo fazer e que não deixarei de fazer jamais, porque como
dizem alguns pensadores quem é Educador, é Educador para sempre!
E foi nesta casa de Maria Auxiliadora que pude demonstrar os meus valores e princípios de Educadora para com os que comigo se relacionam, e também a passá-los para as gerações futuras para que possamos ter o mundo melhor que tanto almejamos.
Portanto, neste blog apresentarei textos, relatarei as minhas experiências e também os desafios que irão decorrer durante o ano letivo, a fim de registrar e compartilhar as experiências da docência como o título do Blog já diz!
Abraços, Tatiana Ribeiro Gomes Coutinho.